De repente ficou sério foi o nome de um espetáculo que produzimos nos anos oitenta. Era basicamente um musical, mas entremeado por pequenos esquetes que constituíam um tênue fio condutor. A proposta — muito pretensiosa — era repassar musicalmente os “anos de chumbo”. As músicas eram minhas, Jorge Roberto Borges assinava a direção e a cenografia. A primeira temporada, no Teatro Cacilda Becker, contava com a belíssima voz de Lelé Alves, uma cantora de Natal que então começava a despontar no Rio. Quando tivemos de procurar outros espaços, foi preciso simplificar o espetáculo, que perdeu a voz da Lelé e a “cozinha” de guitarra, baixo e bateria, que acabou dando lugar a um show acústico de voz e violão.