De noite,
a pedra é da serpente.
E quando ouso o passo,
a pedra é dente
que morde o cansaço.
A serpente, à noite,
é quem divide a pedra
com o escorpião.
E a espada, o dente
que me morde a mão
e que me depreda.
A noite tem um pertencimento
que me despossui.
O escorpião, no escuro,
é mão a deslizar
no relevo do espaço:
mão que me intui
e me descobre o braço.
E a espada, de noite,
tem um ferimento
que não é picada,
é a dor da pedra
quando arremessada.
CRÔNICA DO TEMPO DE GUERRA
À espera da guerra • Navegante nórdico • Naufrágio
Campos catalaúnicos • O guerreiro reflete enquanto marcha
Crônica do cerco e destruição • Noite no deserto
Agonia • Visão dentro da agonia • Depois dos Hunos
A última batalha se desenha • O nome